Lombalgia é a segunda queixa mais comum no consultório médico, perdendo apenas para o resfriado. Na maioria das vezes a dor na coluna lombar pode ser aliviada com analgésicos ou relaxante muscular.
Uma crise de dor nas costas pode durar de uma a duas semanas quando causada por excesso de esforço. As causas podem ser tensão, má postura ou muitas horas sentado em uma cadeira ruim ou sem encosto.
Quando acontece em determinados momentos do dia ou em intervalos de tempo específicos é importante avaliar sua postura ao sentar, levantar e caminhar. Métodos de prevenção incluem:
- a prática regular e orientada de atividades físicas para fortalecimento da musculatura.
- evitar passar muito tempo sentado ou em pé;
- cuidar a postura durante o trabalho;
- carregar peso em excesso ou erguer objetos pesados do chão sem dobrar os joelhos.
Somente quando persiste por mais de seis semanas é necessário procurar ajuda profissional.
Tratamento da lombalgia
O tratamento da lombalgia costuma ser feito pelo ortopedista. O médico irá realizar um exame físico e avaliar o histórico clínico e os hábitos de vida do paciente para identificar a causa. Para ter certeza do diagnóstico também podem ser requisitados exames de imagem como ressonância magnética.
Reestruturar, reposicionar ou fortalecer o centro de apoio do esqueleto e o canal de comunicação do cérebro com o resto do corpo não é tarefa fácil.
Um tratamento da coluna requer paciência e só tem resultados a longo prazo. Mesmo após uma cirurgia é necessário acompanhamento, mudança de hábitos e cuidados para o resto da vida.
Os tratamentos convencionais podem incluir fisioterapia, quiropraxia, reeducação postural, pilates, hidroginástica e exercícios físicos, além de alterações na sua rotina caseira e profissional como:
- trocar o colchão;
- trocar a cadeira onde você trabalha;
- colocar os objetos mais utilizados na altura do ombro; e
- posicionar a tela do computador no nível dos olhos.
A coluna é uma estrutura rígida e ao mesmo tempo flexível, que apesar de forte manifesta singular fragilidade. Qualquer dano ou má formação pode interferir consideravelmente na rotina e ser de difícil ou lenta correção.
Remédios e até cirurgia são pouco efetivos sem o comprometimento com o resto do tratamento, que é fundamental para alcançar o objetivo e obter um conforto significativo.
Lombalgia crônica e outras complicações
Quando dura mais de três semanas a dor na lombar pode indicar uma lombalgia crônica.
Casos de complicação da lombalgia podem incluir artrose, protusão discal, hérnias de disco, escorregamento de vértebra, estreitamento de vértebra, bico de papagaio, fratura ou compressão nervosa. Alterações estruturais que causam desvio de coluna como escoliose, lordose e hiperlordose também podem gerar dor na lombar.
Mais raramente o paciente pode apresentar comprometimento do nervo ciático (lombocialtagia), formigamento e prejuízo na locomoção.
Se verificar o agravamento do quadro o ortopedista poderá indicar outras especialidades como:
- reumatologista, para tratamento de inflamação;
- fisiatra, para reabilitação dos movimentos;
- neurologista, para tratamento de compressão nervosa; ou
- neurocirurgião, se houver indicação de cirurgia.
Nos casos de compressão nervosa as dores lombares podem atingir glúteos e pernas causando formigamento, dormência, perda de sensibilidade, força e até espasmos musculares. O tratamento pode demandar fisioterapia, pilates, quiropraxia, entre outros métodos para alongamento, fortalecimento muscular e correção da postura. Além da revisão da postura em casa e no trabalho.
Uma expressiva redução da dor pode ser percebida quando as atividades são realizadas de forma adequada, ou seja, na quantidade e frequência indicadas pelo médico, seguindo os movimentos e intensidade orientados pelo profissional.
Quando o quadro não apresenta melhora com o tratamento convencional, pode ser necessária a realização de cirurgia, especialmente se houver danos à estruturas nervosas. Nesses casos a dor lombar pode ser incapacitante e impedir a realização de tarefas simples como sentar, levantar ou até mesmo controlar a urina e a evacuação.
Cirurgia da Coluna para lombalgia
A necessidade e viabilidade de uma cirurgia da coluna para tratamento da lombalgia será avaliada em consulta presencial pelo cirurgião ortopedista ou neurocirurgião. As duas especialidades estão aptas a realizar a cirurgia de coluna lombar. Nos casos de compressão nervosa em fase aguda é interessante procurar um neurocirurgião devido a sua especialização nos problemas relacionados ao sistema nervoso central e periférico.
Na consulta presencial o médico irá avaliar a fluidez dos movimentos e o foco de cada uma das dores na região lombar. Para um diagnóstico preciso o médico irá solicitar exames de imagem para identificar a origem da dor e obter melhor visualização das estruturas internas.
Com os exames em mãos o neurocirurgião poderá definir se é possível a realização de uma cirurgia minimamente invasiva de rápida recuperação e definir um tratamento personalizado, que poderá incluir desde a simples retirada de uma hérnia de disco até a utilização de prótese para correção de um escorregamento de vértebra.
O médico, com respaldo de sua equipe, irá apresentar todas as possibilidades, incluindo os prós e contras da cirurgia, bem como de conviver com o problema e a dor. A abordagem cirúrgica costuma ser efetiva, mas as respostas ao tratamento podem variar.
O comprometimento do paciente costuma fazer toda diferença, incluindo a adoção das recomendações médicas e a prática de exercícios para fortalecimento da musculatura. A decisão final é sempre do paciente, que pode se sentir à vontade para continuar os tratamentos convencionais ou procurar uma segunda opinião.
